O aumento da exposição gengival leva à falta de harmonia entre os elementos do sorriso. Embora não traga ao paciente nenhum prejuízo para a saúde, vem sendo bastante buscada pelos pacientes a correção estética dessa condição.
Segundo a literatura, a posição do lábio em relação à margem gengival pode ser classificada em:
– Sorriso baixo
Essa condição acomete cerca de 20% da população. Não há exposição de gengiva no sorriso, podendo inclusive o lábio superior cobrir parte dos dentes anteriores.
– Sorriso médio
Aparece em 70% da população e corresponde à exposição total dos dentes superiores juntamente com uma parte pequena na margem gengival.
– Sorriso alto
Está presente em 10% da população e ocorre quando há uma exposição exagerada da margem gengival no sorriso.
Para ser considerado estético, o lábio superior deve se apresentar no nível da margem gengival durante o sorriso. É considerado sorriso gengival quando essa exposição de gengiva é maior que 2 mm.
As causas são diversas e cada uma delas demanda um tratamento específico a fim de evitar recidivas. Dentre elas, podemos citar:
Causas relacionadas à erupção
- Erupção passiva alterada: movimento da margem gengival até a porção da junção cemento-esmalte (JCE) no processo de erupção dentária.
- Erupção ativa alterada: movimento da erupção do dente dentro do rebordo alveolar até a cavidade bucal.
São as causas mais comuns e podem ser facilmente diagnosticadas por meio de um exame clínico periodontal. Podem ser classificadas em:
Classe I: EPA tipo I – excesso gengival associado ao biótipo gengival espesso.
Classe II: EPA tipo II – excesso gengival associado ao biótipo gengival não espesso.
Classe III: EAA associada à EPA tipo I – excesso ósseo e gengival associado ao biótipo espesso.
Classe IV: EAA associada à EPA tipo II – excesso ósseo e gengival associado ao biótipo não espesso.
Outras causas
- Crescimento vertical excessivo da maxila.
- Lábio superior curto.
- Hiperatividade do lábio superior.
- Hiperplasias gengivais.
- Associação de um ou mais fatores.
Quando observamos o paciente em repouso sem selamento labial, a exposição de 5 mm ou mais dos incisivos é um fator que clinicamente pode ser observado como sendo alterações musculoesqueléticas. Essas alterações podem estar associadas a problemas oclusas ou não. Portanto, o diagnóstico para algum tratamento prévio deve ser feito de maneira correta.
Se para as causas relacionadas à erupção alterada o tratamento o diagnóstico pode ser realizado por meio da manobra periodontal para se localizar a junção esmalte-cemento, as causas relacionadas a alterações musculares ou esqueléticas, ou a associação entre elas, requerem uma avaliação mais detalhada para promover um plano de tratamento que seja mais adequado.
Os tratamentos propostos para a correção do sorriso gengival são a gengivoplastia e a gengivectomia, podendo associar o aplainamento ósseo vestibular nos casos de excesso de volume ósseo.
A Periodontia ganha cada vez mais espaço na estética e, quando associada aos tratamentos reabilitadores, traz excelência ao resultado, sendo uma tendência os profissionais buscarem conhecimento nessa área.